A Semana de Arte Moderna foi realizada entre os dias 13 e 18
de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo. O festival contou com
uma exposição com cerca de 100 obras de diversos artistas plásticos, entre eles
os pintores Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Ferrignac, John Graz, Vicente do
Rego Monteiro, Zina Aita, Yan de Almeida Prado e Antônio Paim Vieira.
A programação musical trazia composições de Villa-Lobos e
Debussy, interpretadas por Guiomar Novaes e Ernani Braga, entre outros, e três
sessões lítero-musicais noturnas, que tiveram a participação dos literatos e escritores
Graça Aranha, Guilherme de Almeida, Mário de Andrade, Menotti Del Picchia,
Oswald de Andrade, Renato de Almeida, Ronald de Carvalho, Tácito de Almeida,
além de Manuel Bandeira, que, por motivos de saúde, não compareceu à Semana,
mas enviou o poema Os Sapos, lido por Ronald de Carvalho na segunda
noite do evento.
Objetivos
Com ideais diametralmente opostos ao parnasianismo, que
prezava a objetividade temática, o culto à forma, a impessoalidade e a “arte
pela arte”, os modernistas recusavam a arte tradicional e propunham alinhamento
com toda produção artística moderna, sobretudo um alinhamento com as vanguardas
europeias – cubismo, futurismo, expressionismo, dadaísmo e surrealismo.
Tantas inovações em um contexto ultraconservador, no que
dizia respeito às artes, naturalmente não seriam bem-vistas, um dos motivos que
abafaram a divulgação do evento. A Semana de Arte Moderna não alcançou grande
repercussão à época, não merecendo mais do que poucas colunas nos principais
jornais de São Paulo, contudo, sua importância histórica foi devidamente
reconhecida com o passar dos anos.
Embora não houvesse um projeto artístico em comum que unisse
as várias tendências de renovação apresentadas durante a Semana de Arte Moderna
de 1922, havia, porém, um mesmo desejo que agregava os artistas: o de combater
a arte tradicional. O evento não foi propriamente um acontecimento construtivo
de propostas e criação de novas linguagens, mas sim um acontecimento organizado
para expor a rejeição ao conservadorismo vigente na produção literária, musical
e visual brasileira na segunda década do século XX.
O Brasil nas primeiras décadas do século XX
- São Paulo torna-se o centro econômico-cultural do país
- Contradições entre "o velho e novo": política do café com leite versus descontentamento de camadas sociais marginalizadas do poder - a burguesia industrial incipiente, o Exército, as classes médias etc.
- Greve geral de 1917
- Tenentismo (1922-1924)
- Coluna Prestes ( 1925)
Por que São Paulo torna-se o centro econômico- cultural do país
- Crescimento industrial
- Imigração
- Urbanização
- Combinação do capital das lavouras com o capital industrial
- Fusão das elites dominantes ( casamento entre burgueses imigrantes e filhas de fazendeiros)


Nenhum comentário:
Postar um comentário