Às vezes o que tentamos dizer é tão, mas tão difícil que acabamos desistindo não é mesmo?
E também às vezes o que queremos dizer é muito simples porém, nos falta uma certa coragem, o falar se torna um exercício sofrido, angustiante, bom seria se pudessem "ler" nossos pensamentos. Pronto, está aí a solução, ler, mas ler o que?
Para que possamos passar uma ideia sem, é claro, termos que dizer em alto e bom tom a escrita se torna fundamental. Há inúmeras formas de se passar uma ideia escrita, seja por SMS, seja por meio das redes sociais, seja por bilhetes, cartazes, cartas, e-mail, enfim, são várias as formas de se passar essa mensagem adiante, porém essa mesma facilidade esbarra na falta de preparo de quem quer deixar um recado escrito e não sabe ao certo como e o que escrever.
Diante dessa questão, ou melhor dizendo, diante dessa missão, estaremos facilitando a vida de muitos com as mais variadas lições de escrita, os diversos tipos de texto, as figuras de linguagem, a gramática, pois essa é fundamental na vida dos nossos escritores, os textos oficiais, ( daí vem aquele suspiro de alívio, seguido da pergunta "será que vai ter dicas para a Redação do ENEM?") bem como as dúvidas que seguem no dia a dia de quem escreve.
Para a alegria de muitos, haverão dicas para a tão sonhada REDAÇÃO DO ENEM. Com a participação de quem já fez a prova e de quem espera se superar nessa etapa importante da vida de muitos jovens brasileiros.
Aqui é o lugar para quem quer escrever, gosta de escrever e quer compartilhar essa arte com quem busca se aperfeiçoar
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sábado, 21 de junho de 2014
Ismália
Alphonsus de Guimaraens
Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...
E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...
Alphonsus de Guimaraens (Afonso Henriques da Costa Guimaraens), nasceu em Ouro Preto (MG), em 1870 e faleceu em Mariana (MG), em 1921. Bacharelou-se em Direito, em 1894, em sua terra natal. Desde seus tempos de estudante colaborava nos jornais “Diário Mercantil”, “Comércio de São Paulo”, “Correio Paulistano”, “O Estado de S. Paulo” e “A Gazeta”. Em 1895 tornou-se promotor de Justiça em Conceição do Serro (MG) e, a partir de 1906, Juiz em Mariana (MG), de onde pouco sairia. Seu primeiro livro de poesia, Dona Mística, (1892/1894), foi publicado em 1899, ano em que também saiu o “Setenário das Dores de Nossa Senhora. Câmara Ardente”. Em 1902 publicou “Kiriale”, sob o pseudônimo de Alphonsus de Vimaraens. Sua “Obra Completa” foi publicada em 1960. Considerado um dos grandes nomes do Simbolismo, e por vezes o mais místico dos poetas brasileiros, Alphonsus de Guimaraens tratou em seus versos de amor, morte e religiosidade. A morte de sua noiva Constança, em 1888, marcou profundamente sua vida e sua obra, cujos versos, melancólicos e musicais, são repletos de anjos, serafins, cores roxas e virgens mortas.
(fonte: Itaú Cultural)
Publicado no livro Pastoral aos crentes do amor e da morte: este poema, integrante da série "As Canções", foi incluído no livro “Os cem melhores poemas brasileiros do século”, Editora Objetiva, Rio de Janeiro, 2001, pág. 45, uma seleção de Ítalo Moriconi.
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